O primeiro-ministro de Espanha, o socialista Pedro Sánchez, faz esta segunda-feira uma declaração ao país depois de na passada quarta-feira ter revelado que ponderava demitir-se e que ia parar para refletir durante cinco dias.
O Ministério Público pediu no dia seguinte o arquivamento da queixa, por considerar não haver indícios de delito que justifiquem a abertura de um procedimento penal.
Sánchez afirmou que ele e a sua mulher estão há meses a ser vítimas da “máquina de lodo” da direita e da extrema-direita (Partido Popular e Vox), admitindo na mesma ocasião que não sabe se vale a pena continuar na liderança do país e dos socialistas espanhóis perante um "ataque sem precedentes, tão grave e tão grosseiro".
O Partido Popular (PP) e o Vox acusam Sánchez de estar a vitimizar-se e a fazer “um espetáculo” que envergonha o país internacionalmente, para desviar as atenções de várias suspeitas de corrupção e para fazer campanha eleitoral em véspera de diversas eleições (regionais na Catalunha e europeias em junho).